Olhem o que disse o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, em recente artigo publicado na Veja.
Não é preciso ser mais claro do que isso. Tá na cara. O modelo atual é falido. Precisamos aproveitar a bonança na economia mundial pra fazer reformas no Brasil.
Senão...
Não sei não...
“Para entender a tragédia de nossa excessiva carga tributária, basta um instante de reflexão. Quando o Brasil crescia robustamente em torno de 9%, com o emprego aumentando a 3% ao ano, a carga era de 24% do produto interno bruto (PIB) e o estado investia quase 20% dos seus recursos, ou cerca de 4% do PIB. Com esses recursos foram construídos portos, estradas e toda uma infra-estrutura de energia e telecomunicações. A taxa de inflação era, então, decrescente. Hoje a carga tributária é da ordem de 36% do PIB, a maior do mundo emergente. A média de crescimento do PIB entre 2001 e 2007, no entanto, será da ordem de 3,2%, com modesto aumento do emprego. Temos hoje os benefícios de uma inflação civilizada e de um equilíbrio externo produzido mais por um acidente histórico do que por nossas virtudes, mas o estado investe menos do que 5% dos seus recursos. Isso monta a menos de 2% do PIB, volume insuficiente até para repor a depreciação da infra-estrutura consumida nos últimos vinte anos.”