Há clamor mundial pela legalidade desde ontem.
Em duas partidas das oitavas de final da Copa do Mundo, ficaram patentes dois erros de arbitragem. Na partida entre Alemanha e Inglaterra, um gol que empataria a partida - e reabilitaria o time europeu dentro da partida - não foi concedido. A arbitragem não viu que a bola entrou. No outro jogo, o argentino Tevez aproveitou uma posição ilegal não assinalada e marcou, ajudando a eliminar o México.
O vídeo abaixo, do jogo entre Argentina e México, mostra que o lance é ilegal. Fica claríssimo com a visão de 32 câmeras, recursos de câmera lenta e ilustrações na tela.
O mundo inteiro esperneou e destacou as injustiças cometidas. Muitos ainda ressaltaram a necessidade de acrescentar mecanismos que diminuam a possibilidade do árbitro errar. Aí está a causa dessa confusão: árbitros erram.
Ninguém tolera a falta de justiça. Há quem ceda à paixão, e eventualmente se cale diante de alguma injustiça favorável ao próprio desejo egoísta. Há o auto-indulgente, que se omite por conveniência, sujeito a problemas de consciência. Mas a vontade de que tudo ocorra dentro das regras e leis, acredito eu, é geral. Fazer sempre o que é correto é impossível, mas é o que mais agradaria nossos corações e mentes.
Não escrevo pra defender replays nos estádios, nem auxílio tecnológico para melhorar as arbitragens de futebol. O que me chamou a atenção foi o destaque que os episódios receberam da parte da crônica esportiva - quem sabe não é apenas revanchismo, ou pura rivalidade? - e a covardia com o árbitro: querer que ele enxergue tanto quanto os olhos tecnológicos espalhados na beira do campo. Calma lá... observar algo claro, líquido e cristalino em telas de alta definição pode ser impossível a olho nu. Terrível responsabilidade!
Todo ser humano, a todo instante, está sujeito a erros de interpretação, e é constantemente traído por seus sentidos e sentimentos. Na nossa incapacidade de ser perfeitamente justos, de discernir perfeitamente... ainda assim temos sede de justiça.
Exatamente como disse um certo Jesus. Em um sermão numa montanha, certa vez, previu o futuro. Um dia, disse Ele, a justiça de verdade vai ser fartamente disponível para todos - conforme Mateus 5.6.
Que bom.
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