sábado, 29 de setembro de 2007

CARGA TRIBUTÁRIA X CRESCIMENTO ECONÔMICO




Olhem o que disse o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, em recente artigo publicado na Veja.

Não é preciso ser mais claro do que isso. Tá na cara. O modelo atual é falido. Precisamos aproveitar a bonança na economia mundial pra fazer reformas no Brasil.

Senão...

Não sei não...


“Para entender a tragédia de nossa excessiva carga tributária, basta um instante de reflexão. Quando o Brasil crescia robustamente em torno de 9%, com o emprego aumentando a 3% ao ano, a carga era de 24% do produto interno bruto (PIB) e o estado investia quase 20% dos seus recursos, ou cerca de 4% do PIB. Com esses recursos foram construídos portos, estradas e toda uma infra-estrutura de energia e telecomunicações. A taxa de inflação era, então, decrescente. Hoje a carga tributária é da ordem de 36% do PIB, a maior do mundo emergente. A média de crescimento do PIB entre 2001 e 2007, no entanto, será da ordem de 3,2%, com modesto aumento do emprego. Temos hoje os benefícios de uma inflação civilizada e de um equilíbrio externo produzido mais por um acidente histórico do que por nossas virtudes, mas o estado investe menos do que 5% dos seus recursos. Isso monta a menos de 2% do PIB, volume insuficiente até para repor a depreciação da infra-estrutura consumida nos últimos vinte anos.”


domingo, 16 de setembro de 2007

Brasileiro campeão - e o Brasil que não dá certo


O colorado João Derly é bicampeão mundial de judô na sua categoria. O adversário cubano evitou ao máximo correr qualquer risco, mas não pôde evitar a vitória do determinado judoca gaúcho. O atleta da SOGIPA venceu a luta no Golden Score (uma espécie de prorrogação) com um golpe de valor mínimo, o que comprova o equilíbrio do combate.

Emocionante também foi a declaração do atleta após a luta. No auge da emoção, agradeceu a Deus e referiu-se à torcida ali presente, e também à população brasileira. Deve ter se lembrado dos eventos da semana no Senado. Deve ter se sentido feliz com a sua vitória e tentou transferi-la também aos demais brasileiros, alguns, quem sabe, já desesperançosos. E chorou, quem sabe, por lembrar que o seu esforço e a sua vitória não bastam pra fazer do país um lugar melhor pra se viver.

Saiba, João, que eu me sinto assim. Obrigado pela vitória e pelo exemplo.