terça-feira, 18 de dezembro de 2012


Os massacres e o Natal

Sobre esta chacina numa escola dos EUA, o psicanalista gaúcho Luiz Antônio Araujo observa que “os criminosos se comprazem em apagar os próprios rastros por meio da eliminação de crianças como as que um dia foram, de parentes próximos e, por fim, de si mesmos”. O Herodes do Natal foi um psicopata com estas características. Eliminou parentes, filhos, e por fim os inocentes de Belém para manter o seu rastro de poder (Mateus 2.16-18) e assinar com sangue a história bíblica. São as infames narrativas natalinas reprisadas e com agenda certa enquanto o mundo não acabar. Mas, se pensarmos no real sentido do nascimento de Jesus, é por isto mesmo que ele veio e um dia voltará. É para dar um basta definitivo com os filhos de Caim. Bem disse o profeta:“As botas barulhentas dos soldados e todas as suas roupas sujas de sangue serão completamente destruídas pelo fogo. Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será nosso rei. Ele será chamado de Conselheiro Maravilhoso, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9.5,6).

E a solução terrena para tanta violência? Será que está em atitudes políticas de restrições no uso das armas ou de leis mais severas? Regras e punição são indispensáveis, no entanto, o jeito mais eficaz está no poder da notícia angelical: “Nasceu o Salvador de vocês”. Isto muda o coração e as atitudes. Mas é preciso encontrar a criança enrolada em panos e deitada em manjedoura. Ou seja, é necessário desenrolar o coração dos trapos do pecado e crer na singeleza e simplicidade do amor divino. Ou então continuar atrás da redenção na complicada lógica humana ou na sofisticada tecnologia.  Mas, e se déssemos uma chance para a promessa do Emanuel, o Deus conosco? De que Ele enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor?  (Apocalipse 21.4).  Foi ele quem disse: “Felizes são as pessoas que choram, pois Deus as consolará” ( Mateus 5.4). 



Marcos Schmidt
pastor luterano
fone (51) 8162-1824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
20 de dezembro de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Milagre diário, milagre eterno.


(Coluna do Pr. Davi Schmidt, publicada em 10/07/2012 no Jornal Dois Irmãos.)


O texto bíblico destacado para ser lido na Igreja no final de semana passado é o texto de Marcos 6. 1-13. E o fato curioso deste texto é Jesus ter voltado para o seu local de origem e ter sido rejeitado pelos seus conhecidos. É claro que Jesus nasceu em Belém, mas o lugar onde ele cresceu foi Nazaré.
A Bíblia nos relata que as pessoas se maravilhavam com as coisas que ele dizia e os milagres que fazia. E diziam: “Como é que ele sabe estas coisas? Quem foi que ensinou isto para ele? Ele não é aquele mesmo que era carpinteiro, filho de José?” As pessoas estavam surpresas com Jesus porque Jesus nunca havia aparecido a elas se manifestando como Deus. Jesus era, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e homem. Mas ele respeitou as leis da época, que diziam que apenas maiores de trinta anos poderiam se manifestar em público. E seus conterrâneos não queria acreditar nele, pois conheciam a ele de maneira diferente. Diziam conhecer os seus irmãos (meio irmãos de Jesus, os filhos de Maria com José), Tiago, José, Judas e Simão. Não conseguiam acreditar no fato de que aquele homem que se manifestava diante deles era Deus. Jesus se admirou com a falta de fé deles. Mas mesmo assim continuou percorrendo as cidades vizinhas, ensinando e fazendo milagres. Está aí algo que podemos aprender de Jesus: Não desistir de pregar a palavra e de testemunharmos o poder de Deus apenas porque algumas pessoas não acreditaram. A missão requer perseverança da nossa parte.
No mesmo trecho da Bíblia, aparece o relato em que Jesus envia os seus discípulos para fazer missão, dando Seu poder a eles. E mostra a eles que eles não deveriam levar muitas posses, mas deveriam confiar no milagre de Deus de que nada iria faltar nessa missão. Também aconselhou os discípulos a insistir com a pregação da Palavra de Deus com as pessoas. Mas deveriam “sacudir o pó das sandálias” quando fossem rejeitados. Isto era um sinal de que os discípulos deixariam aqueles que não cressem na Palavra de Deus responsáveis por si próprios. A palavra havia sido pregada com insistência. Os que mesmo assim a rejeitaram, seriam entregues à própria sorte. Assim nós devemos pregar a palavra de Deus. Mas não somos nós que fazemos crer. É o poder de Deus pelo Espírito Santo que dá esta capacidade. Não devemos buscar obrigar alguém a crer, como muitos pensam. O testemunho é nosso, o milagre é de Deus.
Assim como Deus deu o poder aos seus discípulos, também nos dá o poder hoje. Não a capacidade de realizar milagres, como aqueles discípulos, mas a capacidade de pregar a palavra de Deus, para que através de nós sejam realizados milagres. Deus é o trabalhador, nós somos apenas os instrumentos. Através de nós, Deus quer realizar o milagre da fé em nosso próximo. O milagre do arrependimento diário para a fé em Jesus Cristo. Deus quer usar a nossa boca para falar da sua palavra, nossos pés para chegarmos aonde está aquele que precisa ouvir Sua Palavra, quer usar tudo o que somos e temos para realizar milagres no coração do nosso próximo, todos os dias. E quer realizar, também, o grande milagre pelo qual todos esperamos: a vida eterna, para todos aqueles que crêem em Jesus Cristo como o verdadeiro Salvador. Usa-nos na Tua missão, Senhor. Amém.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Deus se manifesta também pela criação?



Sabemos que Deus deu testemunho de si mesmo através da sua Palavra – compilada ao longo dos séculos de história do povo de Deus e encarnada por meio de Cristo. No entanto, há passagens bíblicas que indicam que tudo que foi criado testifica a respeito de Deus, de sua lei e graça para a salvação.

Sl 19.1-6: os Céus proclamam glória de Deus

19.1   [Ao mestre de canto. Salmo de Davi] Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.

19.2   Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.

19.3   Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;

19.4   no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol,

19.5   o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho.

19.6   Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor.

O trecho referido é um hino à glória de Deus, é manifestada através da criação. O texto fala de um anúncio que pode ser ouvido sem que haja nenhuma voz ou som, e sobre conhecimento que é revelado dessa forma a todo o mundo habitado. Trata o sol, que era considerado uma divindade por muitos povos, como sendo parte da criação de Deus, e também mostra Deus zelando pela criação. A grandeza de toda criação, enfim, é colocada debaixo da autoridade de Deus, e servindo os seus propósitos.  

O pregador inglês Charles Spurgeon (1834-1892), em sua obra The treasury of David (O tesouro de Davi), expõe sobre o referido texto:

"Na juventude, enquanto cuidava do rebanho de seu pai, o salmista tinha-se dedicado ao estudo dos dois gran­des livros de Deus: a natureza e as Escrituras. E ele tinha-se aprofundado no espírito destes dois únicos volumes de sua biblio­teca a tal ponto que era capaz de compará-los e contrastá-los num estudo disciplinado, engrandecendo a excelência de seu Autor quese vê em ambas as obras. (...) Sábio é aquele que lê tanto o livro sem palavras como o livro da Palavra como dois volumes da mesma obra e conclui: 'Meu Pai escreveu tanto este quanto aquele.'"

É interessante destacar a interpretação de um mecanismo que Deus utiliza para transmitir conhecimento e sabedoria a todos os seres humanos.

"Seria bom que todo ser humano aprendesse a lição do dia e da noite. Ela deveria permear nossos pensamentos diurnos e noturnos para nos fazer lembrar o fluxo do tempo, o caráter passageiro das coisas terrenas, a brevidade tanto da alegria como da tristeza, a preciosidade da vida, nossa incapacidade total de recuperar as horas passadas e a irresistível aproximação da eter­nidade. O dia nos remete ao trabalho, a noite nos lembra os preparativos para nossa morada final; o dia nos move a trabalhar para Deus, a noite nos convida a descansar nele; o dia nos impe­le a buscar a luz eterna, e a noite nos adverte a escapar das trevas eternas."

Ainda, podemos lembrar do texto de Sl 30.5b, "ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã." e relacioná-lo ao relato da manhã da ressurreição de Cristo.

Rm 1.19-20: atributos de Deus se reconhecem pelas coisas criadas;

1.19   porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.

1.20   Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;

Em trecho que fala da indignidade do ser humano e da sua depravação, o apóstolo Paulo indica que os gentios - aqueles que não tiveram acesso ao ensino formal da Palavra de Deus, podemos dizer - não estão totalmente desprovidos do conhecimento de Deus. Novamente a criação é mencionada como sendo elemento que testifica a respeito de Deus e da sua glória. A própria natureza, a consciência do ser humano e sua capacidade intelectual apontam, primordialmente, para Deus. 


Rm 2.14-15 a lei gravada no coração – até mesmo dos gentios

 2.14   Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.

2.15   Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, (...)

O apóstolo Paulo, novamente, reforça que a manifestação de Deus se dá também no íntimo de cada ser humano, por meio da consciência que cada um a respeito da conseqüência de suas atitudes e de sua indignidade. Sabe-se que a queda em pecado turvou a compreensão de nossa consciência pecadora, e que o pensamento contemporâneo parece promover o aprofundamento da alienação por meio de da promoção de “marchas”, “dia do orgulho” e outras formas de relativização do pecado. Sabemos quão nociva essa cultura pode ser, visto que confessar-se pecador – como a nossa própria consciência acusa - é atitude chave para o perdão e salvação pela graça de Deus.


At 14. 15-17 não deixou ficar sem testemunho de si mesmo

14.15   Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles;

14.16   o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;

14.17   contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria.

O testemunho da natureza novamente é mencionado por Paulo – na ocasião, junto a Barnabé – no que é tido como o primeiro discurso ou pregação a um público nitidamente pagão, nos primeiros anos da era cristã. Os pregadores, de maneira evangélica, criam empatia com os ouvintes, e apresentam Deus como fonte de tudo que há de bom e agradável, citando bênçãos facilmente identificáveis por qualquer pessoa. Em última análise, o bem que Deus graciosamente reserva a todos por meio das coisas por Deus criadas, indistintamente, servem para demonstrar o amor de Deus por todos.


CONCLUSÃO – Certamente, sabemos que o testemunho de Deus não é completo longe das Escrituras. Também, que a criação geme e espera, como todos nós, ser completamente redimida, conforme Rm 8.21-22. No entanto, é grande consolo saber que Deus, em sua onipotência, onipresença e perfeita sabedoria, guarda na criação sinais de seus atributos e de sua vontade para a humanidade.

Que Deus nos dê o seu Espírito e nos abençoe para que percebamos o seu amor salvador através de tudo que foi criado. Que nos sirva para testemunho, como portadores da boa nova de Cristo e da cruz, cumprindo o propósito divino de “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).

Elaborada por Paulo Roberto Langwinski, para reflexão em reunião da Diretoria da Congregação Evangélica Luterana Cristo, de Santa Maria (RS). Recursos: Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada; “The treasury of David” (O tesouro de Davi), e sistema de pesquisa on-line do site da SBB, ambos disponíveis na internet.

Santa Maria, 2 de julho de 2012.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Comissão da verdade, anistia - para refletir.


Correio Braziliense - 28/10/2008
Transição inacabada

Jarbas Passarinho
Foi ministro de Estado, governador e senador
 
  O presidente Geisel, ao tomar posse em março de 1970, encontrou vencidas as guerrilhas urbanas, iniciadas em 1967. Preparou um plano de transição constante da Emenda Constitucional nº 11, de 13 de outubro de 1978. Revogava o AI-5. Restabelecia todas as liberdades fundamentais, entre elas a dos órgãos de comunicação de massa, hoje conhecidos como mídia.
  Ao presidente Figueiredo coube continuar a transição, com a quebra do bipartidarismo e a anistia geral. Ao fim do mandato do seu sucessor, eleito pelo Colégio Eleitoral mantido pela eleição de 1982, encerrar-se-ia o ciclo militar. O PDS rejeitou fosse substituto de Figueiredo o deputado Paulo Maluf, candidato aprovado em Convenção Nacional. O cisma, liderado pelo senador José Sarney, em 1984, causou a adesão de grande parte do partido à candidatura de Tancredo Neves, ainda eleito pelo Colégio Eleitoral tão execrado, mas útil no momento favorável.
  Quanto à anistia, a oposição exigia "ampla, geral e irrestrita". Apresentou, porém, um substitutivo que aprovava a absolvição dos crimes conexos (entendidos como terrorismo e tortura), mas não abrangeria, intencionalmente ou não, Leonel Brizola e Miguel Arraes. Derrotado o substitutivo, encabeçado pelo deputado Ulysses Guimarães, foram ambos eleitos em 1982, respectivamente governador do Rio Grande do Sul e deputado federal, por Pernambuco. Líder do governo Figueiredo, e por ele autorizado, garanti, da tribuna do Congresso, que outras medidas, especialmente sobre os crimes de sangue que a lei excluía, seriam progressivamente submetidas ao Congresso.
  Aprovada a anistia pelo Congresso, antecipada pelo pluralismo partidário e a legalização dos partidos marxistas e até leninistas pelo presidente José Sarney, que fora o líder da Arena e do PDS, vê-se que a distensão buscava a democracia plena. Mas a esquerda radical não aceitou, anistiada, a reconciliação da família brasileira. Na Constituinte, o assunto voltou à baila: "Nada de esquecimento", diziam. Na gestão de FHC a litania separatista de esquerda foi atendida. O revanchismo produziu a inversão da história: os vencidos na luta armada, que a deflagraram em 1967, passaram a reescrever a história.
  O presidente Fernando Henrique Cardoso tornou lei a "vendeta". Constituiu as comissões de Anistia e de Indenização, tomadas de facciosismo raivoso e multiplicador até de fortunas, que levaram o humorista Millor Fernandes, nada simpático ao ciclo militar, escrever que "os guerrilheiros não fizeram guerrilha, mas um bom investimento". FHC, ao sancionar as comissões, disse ser "o dia mais feliz" da vida dele. Carreou votos de milhares de indenizados para Lula e não para Serra, seu candidato a presidente da República.
  Esse retrospecto põe em evidência o comportamento harmonizador, sem reciprocidade, dos que impediram que o Brasil virasse uma imensa Cuba. Pagam por isso, como se os guerrilheiros tivessem vencido, pelas armas, a segunda tentativa sangrenta de tomar o poder no Brasil. Derrotados, foram anistiados, mas parecem vencedores implacáveis. Falseiam a verdade. Objetivam convencer os incautos que perderam devido à tortura que teriam sofrido, quando se sabe que perderam porque não tiveram apoio da opinião pública, essencial para as guerrilhas.
  Dizem que lutaram pela democracia contra a ditadura. Como confessa dignamente o ex-guerrilheiro Daniel Aarão Reis, marxistas leninistas que eram, bateram-se pela ditadura do proletariado. Compensando o fracasso armado, estão com os bolsos abarrotados de dinheiro, pensões vitalícias sem pagar Imposto de Renda, empregos e nomes nas ruas. O presidente Lula, que prefere ser democrata pragmático a proletário revolucionário, os diz heróis, numa cerimônia a que presidiu.
  Apesar de todas as vantagens, não terminam as reivindicações. Nas eleições importantes de São Paulo, dona Marta Suplicy, derrotada, chamava de filhote da ditadura ao seu concorrente, que nem tinha nascido em 1964. Jornais de grande tiragem rememoram, de onde em onde, ocorrências havidas na guerrilha do PCdoB (ainda hoje stalinista), no Araguaia, sempre imputando sevícias aos que defenderam a pátria com o sacrifício da própria vida. Stalin agradece. Nossa pátria pranteia silenciosamente seus mortos. Note-se que a mudez impera no agitprop sobre as guerrilhas urbanas muito mais sérias.
  A OAB, 40 anos depois, pede ao Supremo Tribunal Federal que proíba prescrição do crime de tortura, que atribui aos militares, mas silencia sobre o terrorismo, o que faz supor aprová-lo como legítimo na guerrilha. Ignora o atentado que matou cinco pessoas inocentes, mutilou e feriu 15 no aeroporto de Recife, em 1966; o carro-bomba que estraçalhou o corpo de uma sentinela do Exército em São Paulo; os que, desarmados, emboscaram Henning Boilense; que "matou por engano" um major alemão, tomando-o por um capitão boliviano, que teria prendido Che Guevara, ambos alunos da Escola de Estado Maior do Exército brasileiro.
  Divulgam as violências que José Genoíno garante ter sofrido para dar informações de seu grupo, mas que tem a correção de negar tenha sido torturado ao ser preso na floresta. Pois os companheiros de Genoíno, meu par no Congresso, certa vez esfatiaram até à morte, na presença dos pais, o corpo de um menino de 17 anos de idade que serviu de guia à patrulha militar que os perseguiu na mata. Nos países torturadores, Cuba e China, onde se amestraram, devem ter-lhes lembrado Marx: "A violência é a parteira da história". E o terrorismo, doutores?