quarta-feira, 11 de julho de 2012

Milagre diário, milagre eterno.


(Coluna do Pr. Davi Schmidt, publicada em 10/07/2012 no Jornal Dois Irmãos.)


O texto bíblico destacado para ser lido na Igreja no final de semana passado é o texto de Marcos 6. 1-13. E o fato curioso deste texto é Jesus ter voltado para o seu local de origem e ter sido rejeitado pelos seus conhecidos. É claro que Jesus nasceu em Belém, mas o lugar onde ele cresceu foi Nazaré.
A Bíblia nos relata que as pessoas se maravilhavam com as coisas que ele dizia e os milagres que fazia. E diziam: “Como é que ele sabe estas coisas? Quem foi que ensinou isto para ele? Ele não é aquele mesmo que era carpinteiro, filho de José?” As pessoas estavam surpresas com Jesus porque Jesus nunca havia aparecido a elas se manifestando como Deus. Jesus era, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e homem. Mas ele respeitou as leis da época, que diziam que apenas maiores de trinta anos poderiam se manifestar em público. E seus conterrâneos não queria acreditar nele, pois conheciam a ele de maneira diferente. Diziam conhecer os seus irmãos (meio irmãos de Jesus, os filhos de Maria com José), Tiago, José, Judas e Simão. Não conseguiam acreditar no fato de que aquele homem que se manifestava diante deles era Deus. Jesus se admirou com a falta de fé deles. Mas mesmo assim continuou percorrendo as cidades vizinhas, ensinando e fazendo milagres. Está aí algo que podemos aprender de Jesus: Não desistir de pregar a palavra e de testemunharmos o poder de Deus apenas porque algumas pessoas não acreditaram. A missão requer perseverança da nossa parte.
No mesmo trecho da Bíblia, aparece o relato em que Jesus envia os seus discípulos para fazer missão, dando Seu poder a eles. E mostra a eles que eles não deveriam levar muitas posses, mas deveriam confiar no milagre de Deus de que nada iria faltar nessa missão. Também aconselhou os discípulos a insistir com a pregação da Palavra de Deus com as pessoas. Mas deveriam “sacudir o pó das sandálias” quando fossem rejeitados. Isto era um sinal de que os discípulos deixariam aqueles que não cressem na Palavra de Deus responsáveis por si próprios. A palavra havia sido pregada com insistência. Os que mesmo assim a rejeitaram, seriam entregues à própria sorte. Assim nós devemos pregar a palavra de Deus. Mas não somos nós que fazemos crer. É o poder de Deus pelo Espírito Santo que dá esta capacidade. Não devemos buscar obrigar alguém a crer, como muitos pensam. O testemunho é nosso, o milagre é de Deus.
Assim como Deus deu o poder aos seus discípulos, também nos dá o poder hoje. Não a capacidade de realizar milagres, como aqueles discípulos, mas a capacidade de pregar a palavra de Deus, para que através de nós sejam realizados milagres. Deus é o trabalhador, nós somos apenas os instrumentos. Através de nós, Deus quer realizar o milagre da fé em nosso próximo. O milagre do arrependimento diário para a fé em Jesus Cristo. Deus quer usar a nossa boca para falar da sua palavra, nossos pés para chegarmos aonde está aquele que precisa ouvir Sua Palavra, quer usar tudo o que somos e temos para realizar milagres no coração do nosso próximo, todos os dias. E quer realizar, também, o grande milagre pelo qual todos esperamos: a vida eterna, para todos aqueles que crêem em Jesus Cristo como o verdadeiro Salvador. Usa-nos na Tua missão, Senhor. Amém.