segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sede de justiça

Há clamor mundial pela legalidade desde ontem.

Em duas partidas das oitavas de final da Copa do Mundo, ficaram patentes dois erros de arbitragem. Na partida entre Alemanha e Inglaterra, um gol que empataria a partida - e reabilitaria o time europeu dentro da partida - não foi concedido. A arbitragem não viu que a bola entrou. No outro jogo, o argentino Tevez aproveitou uma posição ilegal não assinalada e marcou, ajudando a eliminar o México.

O vídeo abaixo, do jogo entre Argentina e México, mostra que o lance é ilegal. Fica claríssimo com a visão de 32 câmeras, recursos de câmera lenta e ilustrações na tela.


O mundo inteiro esperneou e destacou as injustiças cometidas. Muitos ainda ressaltaram a necessidade de acrescentar mecanismos que diminuam a possibilidade do árbitro errar. Aí está a causa dessa confusão: árbitros erram.

Ninguém tolera a falta de justiça. Há quem ceda à paixão, e eventualmente se cale diante de alguma injustiça favorável ao próprio desejo egoísta. Há o auto-indulgente, que se omite por conveniência, sujeito a problemas de consciência. Mas a vontade de que tudo ocorra dentro das regras e leis, acredito eu, é geral. Fazer sempre o que é correto é impossível, mas é o que mais agradaria nossos corações e mentes.

Não escrevo pra defender replays nos estádios, nem auxílio tecnológico para melhorar as arbitragens de futebol. O que me chamou a atenção foi o destaque que os episódios receberam da parte da crônica esportiva - quem sabe não é apenas revanchismo, ou pura rivalidade? - e a covardia com o árbitro: querer que ele enxergue tanto quanto os olhos tecnológicos espalhados na beira do campo. Calma lá... observar algo claro, líquido e cristalino em telas de alta definição pode ser impossível a olho nu. Terrível responsabilidade!

Todo ser humano, a todo instante, está sujeito a erros de interpretação, e é constantemente traído por seus sentidos e sentimentos. Na nossa incapacidade de ser perfeitamente justos, de discernir perfeitamente... ainda assim temos sede de justiça.

Exatamente como disse um certo Jesus. Em um sermão numa montanha, certa vez, previu o futuro. Um dia, disse Ele, a justiça de verdade vai ser fartamente disponível para todos - conforme Mateus 5.6.

Que bom.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Noventa e nove ovelhas um bom pastor deixou

No tempo que eu era criança, a gente cantava uma musiquinha bem alegrinha na escola bíblica dominical. Ela falava do pastor de ovelhas que deixava 99 delas e saía em resgate de uma que estava desaparecida, conforme relato em Lucas 15.

Lembrei da minha infância quando vi as simpáticas ilustrações que este vídeo traz. A música do Stênio Marcius é bem diferente da que cantávamos há algumas décadas - acho que ainda cantam! - mas é maravilhosa.

Me surpreendi com a introspecção que experimentei pensando no sentido do texto bíblico, acho que o poeta e o ilustrador conseguiram conferir bastante emoção ao rico texto bíblico.


Me pus a pensar e vi quantas vezes eu, humano e limitado, cedo na primeira dificuldade, encerro a busca e volto pra casa. Ao contrário do pastor, que persevera, enfrenta o sofrimento e angústia, que encara o desafio e desce um barranco, que resgata a ovelha perdida e se alegra no fim...

Bom, eu, normalmente, me acomodo.

Ainda bem que a história não acaba aqui, e que o Bom Pastor conhece suas ovelhas, e mais que isso, dá a vida por elas.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Para pensar

Fato curioso: em um protesto, um grupo de estudantes limpava parte da parede de um túnel em Porto Alegre, retirando parte da fuligem e deixando uma mensagem.

Chega a Brigada Militar, achando que se tratava de um caso de pichação - os policiais chegaram a algemar alguns dos participantes.

Obviamente que a imagem - veja a matéria aqui - dá a entender algo bem diferente do que realmente acontecia. Mas é impressionante como a realidade pode ser muito, muito diferente do que pensamos, achamos, entendemos.